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Mensagem  Admin Dom Dez 18, 2011 5:23 pm

FONTE:MINO PEDROSA.

O soldado João Dias teve motivo de sobra para jogar pro alto os R$ 200 mil no Palácio do Buriti. No dia 6 de dezembro o soldado 4 estrelas recebeu uma informação de que o adiantamento do “cala boca” de R$ 200 mil, estava sendo monitorado pela polícia a mando dos secretários de Governo Paulo Tadeu e da Casa Militar tenente-coronel Rogério Leão. As cédulas foram xerocopiadas de forma que parecessem oriundas do tráfico de drogas.

Paralelo a isso, o irmão do soldado, Luiz Carlos Oliveira Ferreira, era monitorado por suspeita de tráfico. Mas João Dias recebeu a informação e partiu para o contra-ataque indo ao Buriti jogar o dinheiro no colo do pagador da promessa. A história do Governo Agnelo Queiroz está cada vez mais parecida com o roteiro de um filme digno da Palma de Ouro em Cannes, fato que não acontece desde a década de 60, com o prêmio do “Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte.

Na realidade, está sendo comparado com o Governo Arruda. Neste caso, Durval Barbosa chantageava Arruda mandando recados de provas de corrupção. Arruda então, montou um esquema com a Polícia Civil e o Ministério Público para colocar Durval na cadeia e desqualificar qualquer denúncia feita por ele. Durval descobriu a manobra e requisitou uma delação premiada. Entra em cena o jornalista Edson Sombra, responsável pelo convencimento de Durval a denunciar José Roberto Arruda no MPF em troca da delação.

Arruda usou a polícia civil na tentativa de flagrar o jornalista recebendo propina para desqualificar as provas de Durval Barbosa. Edson Sombra requisitou à Polícia Federal que flagrou toda a manobra orquestrada por Arruda para obstruir a Justiça. O jornalista colocou o então governador na cadeia.

Como diz o ditado popular, a história se repete. Desta vez o delator é também um policial, só que militar: João Dias. O soldado assume ter recebido propina, devolve o dinheiro, mas não conta com a ajuda do MP para punir Agnelo. O crime parece ser idêntico: obstrução da Justiça. Agnelo, tal qual Arruda, está sendo investigado pelo Ministério Público. Só que desta vez, o MP não está querendo ver o que é tão claro quanto água cristalina. Talvez, porque no caso Arruda o MP se viu junto e misturado na Caixa de Pandora com os procuradores Leonardo Bandarra e Debora Guerner envolvidos até o pescoço nas falcatruas do governador. Agora, João Dias joga a propina pro alto para chamar a atenção do MP que está tímido em sua atuação.

João Dias convocou a imprensa no último dia 9 de dezembro e denunciou a perseguição pelo diretor da Polícia Civil Onofre de Moraes e o chefe da Casa Militar tenente coronel Rogério Leão. O soldado acusa o delegado e o coronel de espalharem armadilhas para desqualificar suas denuncias, levando-o para cadeia. Na semana passada, o irmão de João, Luiz Carlos Oliveira Ferreira, foi preso com R$ 5 mil e um revolver calibre 22.

Por conta disso, o soldado resolveu ir ao Palácio do Buriti a procura de Agnelo e denunciar a armação onde foi plantado o revolver para enquadrar o irmão em porte ilegal de arma. Mas não teve nenhuma atenção do ex-amigo, que não podia publicamente recebê-lo. A audiência chancelaria a “amizade”.

Paralelo, o diretor da Polícia Civil Onofre Moraes mandava um recado para João de que o dinheiro apreendido com o Luiz Carlos seria periciado junto com o “cala boca” devolvido por no Gabinete do Secretário de Governo Paulo Tadeu. A Polícia Civil “suspeita” que o dinheiro apreendido com o irmão do soldado faça parte do mesmo lote jogado pro alto no Palácio do Buriti no dia 7 de dezembro. João Dias foi procurar Agnelo no Palácio do Governo para denunciar a perseguição, mas não teve sucesso. Por isso, partiu pra cima do Secretário Paulo Tadeu.

Mas o soldado não desistiu da denúncia. Vai entrar com o pedido de investigação no MPF e promete entregar um arsenal que tem em mãos com vídeos, áudios e documentos capazes de destruir o Governo Agnelo.

No dia 9 de dezembro João Dias concedeu uma coletiva à imprensa. Alí fez denúncias gravíssimas. Disse que o ex-funcionário da União Química Daniel Tavares recebeu R$ 250 mil das mãos do chefe da Casa Militar tenente coronel Leão para prestar uma declaração registrada em Cartório feita no computador da casa de João Dias, digitada pelo próprio coronel, desmentindo as denuncias feitas pelo mesmo Daniel à imprensa dias antes.

A Revista Eletrônica Quidnovi divulga com exclusividade o documento que Agnelo Queiroz guarda na gaveta para se defender da acusação de ter recebido propina para facilitar o Laboratório União Química.

Agora, João Dias entrega o documento que foi fabricado pelo coronel Leão no computador de sua casa em Sobradinho e revela com exclusividade para o Quidnovi o conteúdo ao qual o governador tenta se agarrar para evitar o flagrante do recebimento de propina.

João Dias também em sua entrevista acusa o delegado Onofre Moraes de omissão no episódio do Sudoeste Caboclo na 3ª DP e diz também que o delegado ganhou de presente o cargo de diretor da Polícia Civil justamente porque não registrou aquela ocorrência.

Mais uma vez o soldado 4 estrelas confirma em áudio e vídeo tudo que o Quidnovi vem publicando com exclusividade.

O que a população de Brasília assiste atônita é um Ministério Público acanhado neste episódio. Parece que o MP está traumatizado com o caso da Pandora que mesmo tento explodido há dois anos, derrubando o ex-governador Arruda e vários outros políticos, até agora ninguém foi denunciado.

Por outro lado, o governador de fato, Tadeu Filipelli, assiste a tudo e orquestra as investidas contra João Dias, colocando o governador de direito, Agnelo Queiroz, acuado e sem condições de Governar. As digitais de Filipelli são encontradas sem dificuldades pelos peritos em detectar maldades e armadilhas. Agnelo não está mais tão “ingênuo” assim. Buscou o apoio nacional do partido de Filipelli (PMDB) para contra-atacar as ações sorrateiras. Neste jogo político cada vez mais sórdido está difícil achar alguém que não queira o poder a todo custo. As personagens desta história lutam desesperadamente para continuarem nos palácios.

Toda esta história está praticamente virando roteiro cinematográfico. Sudoeste Caboclo, Casa da Maldade, Soldado Com poder de General 4 Estrelas... são títulos sugestivos que já estão atraindo os olhares atentos das lentes do premiado cinema brasileiro. O conceituado cineasta Murilo Salles esteve em Brasília entrevistando algumas pessoas e outros tantos personagens para um possível roteiro. A Capital Federal que este ano explodiu nas telas com títulos relacionados ao Rock, mas com o pano de fundo histórico e político, promete ser cenário de roteiros bem mais picantes. O cinema brasileiro está se aproximando cada vez mais da indústria cinematográfica americana, com altas bilheterias por conta do cinema realidade. Resta saber se neste roteiro sobre corrupção com tanta briga para se manter no poder, o cineasta vai conseguir achar algum mocinho.



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